sábado, 1 de outubro de 2016

Muita vontade de descobrir e aprender...

A introdução gradual de alguns materiais vai suscitando o interesse e a vontade de experimentar e as nossas crianças têm posto mãos à obra.


A propósito dos diálogos surgidos acerca do outono, têm-se feito registos gráficos e escritos e até em pictograma (que é uma forma de registo em que algumas palavras são substituídas por imagens) 
- Porque é que as folhas caem das árvores?
- Porque é que mudam de cor?
Estas e outras questões vão surgindo no dia a dia do JI e esta semana fizemos uma experiência que tinha a ver com as cores das folhas das árvores e que tem um nome um bocadinho difícil: cromatografia

Pegamos em 3 folhas de cores diferentes (verde, amarela e castanha), cortamos em pedacinhos bem pequenos e metemos cada cor em seu frasco. Juntamos álcool até cobrir bem os pedacinhos das folhas.
- Parece água mas não é!
- É transparente como os frascos.
A professora explicou que se diz incolor quando um objeto não têm cor. Os frascos são incolores mas também são transparentes porque podemos ver através deles. Mas a régua verde da sala é transparente mas não é incolor porque é de cor verde.

Colocamos os frascos num prato com água bem quente para acelerar o processo.
Depois do almoço fomos observar e reparamos que o álcool já não estava incolor. Tinha assumido a cor da folha correspondente. Então mergulhamos a ponta de uma fita de papel absorvente para observarmos a cromatografia das folhas.
- Porque é que saiu cor das folhas?
A professora mostrou-nos que as folhas têm nervuras que são como as nossas veias. Mas, em vez de levarem sangue, levam a seiva que é o alimento das folhas. Quando essa seiva tem clorofila as folhas ficam verdes, mas quando não tem, ficam de outras cores. A estas cores os cientistas chamam pigmentos e de acordo com a estação do ano alguns pigmentos estão mais presentes do que outros. 

Depois, cada criança registou o que aprendeu...


 Interrogar-se sobre a realidade, definir o problema, para decidir o que se quer saber e procurar a solução, constitui a base da metodologia científica. O desenvolvimento da área do Conhecimento do Mundo assenta no contacto com a metodologia própria das ciências para fomentar nas crianças uma atitude científica e investigativa. Esta atitude significa seguir o processo de descoberta fundamentada que caracteriza a investigação científica. (OCEPE, p. 86, 2016)

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